12/10/2011

Os Reis sem coroa


Os Reis sem coroa

A vida é como um jogo de xadrez, tem reis, rainhas e peões. (Tem mais coisas mas só estes três elementos é que me interessam para o texto). Eu já fui rei. Rei sem coroa, rei sem rainha, mas rei com um grande exército de amigos. Hoje sou mais um peão no meio da multidão, gordo, de camisa e com macacos no nariz. Este texto serve essencialmente como agradecimento a tempos passados, como recordação de momentos que nunca vou esquecer mas que por uma ou outra razão, estou hoje mais afastado desempenhando o papel de peão.

Sem saber muito bem porque, se calhar por arrotar muitas vezes à chouriça e por trazer semanalmente várias garrafas de tinto e bagaço do Canina, fui fazendo um leque pequeno (mas valioso) de amigos que me ajudaram imenso, nos momentos bons(quando me embebedava e não conseguia ir para casa) mas acima de tudo nos menos bons.

Foram grandes momentos, roda no ar, jantares de apóstolos, tardes sem fazer nenhum, a dar-vos tautau no pés, a dizer merda, Bonifácio, a engordar 20 kg, a comer massa de atum, arroz de pizza, a partir a cama, a vomitar, a dar pasto às vacas, Betinho, a jogar a bola, a cantar na Tuna, a tocar harmónica, pau de chuva, a comer iscas, Rui Gonçalves, a beber traçadinho, a beber penalties de bagaço, a chatear a tia Gina, a olhar pó rabo da Bina, a fazer chorar a Elsa, a cantar o “Amigos para Sempre”, a mijar nas calças do Boni, a fumar cigarrilhas, a esturrar a boa bolsa, João, tanta cena boa. Voces sempre me fizeram sentir o maior, me apoiaram e por vicicitudes da vida, nos afastaram, uns por minha culpa, outros por vossa.

Obrigado amigos, espero que também se tenham sentido como eu,

Foi um prazer.

Diogo Pini

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