18/10/2010

Viagens pela minha terra

Viagens pela minha terra

Em todos os grupos há palhaços. Cada palhaço é diferente.

O que hoje escrevo é o relato de mais uma das viagens que habitualmente a minha equipa faz ao fim de semana para disputar as partidas do reibe total. É daquelas viagens que apesar de serem longas e passíveis de as pessoas passarem p’las brasas… tornam-se arriscadas.

A viagem inicia, saco dos meus fones enquanto dou uma lambada na cara do Vasco. Ele riposta e volta a levar. Entretanto o Maciel começa aos beijinhos ao Jack. Panucas aqueles miúdos… O Nelson canta. Enquanto mando mais uma lamboirada no Vasco para relaxar o Maurício permanece atento. O Jorge aquece os punhos para seu futuro regalo. Ao fundo, Tiago grita que os miúdos andam a abusar da confiança. Passaram 3 minutos e Hugo Rolo (Bebezão) já ressona que nem um porco. Entretanto Nelson afirma que apesar de só ter 4 anos de escolaridade sabe mais que os professores dos professores e que só anda na universidade quem é burro e precisa de aprender. João Santiago saca dos seus fones que mais parecem duas bacias. Tento ouvir uma música para adormecer…mesmo sabendo que o Jorge continua a aquecer os punhos e o Maurício continua desperto. O Totas pede para mijar. Atiram-lhe uma garrafa para tal. Não há tempo para essas manicures. Bebezao acorda, limpa a baba e volta-se para o outro lado para continuar a ressonar. Daniel dorme, Vasco saca das cartas. Entretanto o autocarro passa por uma cidadã de sexo feminino. Nelson chama-lhe nomes. Um charme este senhor. “É o capitão” afirma Pedro Heleno. Maciel decide então malhar no Vasco. Má ideia visto o puto ser do dobro do tamanho dele. Leva na boca. Decido malhar no Maciel. Pareceu-me fixe até o Maurício me espetar o primeiro carolo. Jorge continua faminto. Os dois novos membros da equipa permanecem calmos a assistir à animación. Sensato da parte deles. Quando finalmente o Mister decide cascar no Vasco Jorge levanta-se e aplica um dos seus vistosos carolos no puto apercebo-me que é melhor parar pois começa a ficar perigoso. Aquilo dói mesmo. Tarde demais. João Matos decide presentear-me com uma martelada (há que lhe chame braços). Felizmente chegamos a Tomar. A viagem acaba. A malta, contente sai do autocarro para mais um jogo.

É assim que somos. Cromos mas amigos. Uma família. A família a que pertenço.

E o jogo? Esse foi ganho! Ta claro.

Diogo Pini

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